terça-feira, outubro 14, 2008

"O Piano" (1993) - Por Elis Campos


No último final de semana me bateu uma saudade do meu CD com a trilha sonora do filme “O Piano”! Quem já assistiu ao filme certamente vai concordar comigo: a trilha sonora desse filme é simplesmente divina, magnífica.
Lembro quando vi o CD original na casa de uma amiga, e, descaradamente pedi: “Você pode fazer uma cópia pra mim”? Kkkkkkkkkkkkkkk!
Com a saudade da trilha sonora, me veio a saudade do filme, também. Há séculos eu havia assistido pela primeira vez, ainda em VHS. E nunca esqueci. O filme me deixou uma impressão forte, sombria; as cenas iniciais de Ada na praia, com sua filha, as bagagens e o piano têm uma atmosfera de solidão imensa. É um filme bastante peculiar pra um adulto; imagine pra mim, que assisti logo que foi lançado no Brasil, em 1994, quando eu tinha 6 pra 7 anos de idade? Mas como sempre fui “precoce” – os filmes da minha infância foram “Drácula de Bram Stoker”, “Edward, mãos de tesoura”, “Forrest Gump” e por aí vai – não é de se estranhar que eu tenha assistido a “O piano” e tenha gostado bastante, apesar de sempre ter que sair da frente da TV “quando as coisas começavam a esquentar” de verdade nos filmes (se é que vocês me entendem).

Pois bem. Sei lá porque, nesse último fim de semana me bateu uma saudade imensa do filme e da trilha sonora. Apesar da crise, se eu soubesse onde encontrar o DVD por aqui, teria saído e ido atrás. Como dizia minha avó, “mais vale um gosto que um vintém”, e eu concordo plenamente. Sofri a saudade só no fim de semana. Na segunda-feira, quando saí da aula de Cinema Moderno (inspiradíssima), comecei a empreender minha deliciosa busca por um exemplar do filme. Encontrei duas edições: uma mais simples (só o basicão, mesmo – o filme) e outra linda, com dois discos, sendo que um é o do filme e o outro é só de material extra. A desvantagem de ambos é só ter legendas em francês. Eu pensava que esse problema de legendas em uma só língua só existisse nas produtoras brasileiras; pude comprovar que não é um erro só nosso. Aqui na França é a mesma coisa. E ainda pior: há filmes que são dublados em francês e só (até nos cinemas, pasmem). Não tem legenda alguma, só a droga da dublagem.

A diferença de preço entre as duas edições levava o comprador a escolher a mais cara, mesmo. Compensava. A embalagem é muito bonita, toda em papel linho (nunca tinha visto isso antes), com uma impressao em tons azulados; coisa de primeira, mesmo. E o melhor de tudo: o disco só de extras. Não hesitei e peguei essa edição, aí, e corri pra casa pra assistir.

É a primeira vez que escreverei uma resenha nesse modelo aqui. Primeiro, vou fazer a resenha clássica, contar sobre o filme e discuti-lo brevemente depois. Na segunda parte, vou mergulhar um pouquinho mais profundamente no enredo, e fazer umas análises que considero pertinentes. Vai haver spoiler (revelarei fatos decisivos do filme); portanto, quem não assistiu a esse filme ainda, por favor, não leia essa segunda parte. Além de ser incompreensível pra quem não viu, pode influenciar o olhar de quem ainda vai ver, e eu não quero fazer isso. “O piano” é um tipo de filme profundo, cheio de significados; pra filmes assim, cada um que assiste deve tirar suas próprias conclusões. O espaço de spoiler é pra quem já viu e gostaria de ler algo que desvendasse um pouco mais o universo do filme.


Primeira parte: Resenha

Escócia, 1852. Ada (Holly Hunter) é muda. Desde os 6 anos de idade ela não pronuncia palavra alguma. Ninguém sabe por que, nem mesmo ela - segundo ela mesma, que é a voz narrativa do filme. Sua voz não é audível; quem fala é seu pensamento. Mas, segundo ela, ainda, a voz não lhe faz falta. Seu piano fala por ela.

Ada tem uma filha de 9 anos, Flora (Anna Paquin), uma garota espertíssima e impossível, com quem tem uma relação muito íntima. Sua família fez um casamento arranjado entre ela e um colono que vive na recém descoberta Nova Zelândia. Eles nunca se viram, e Ada vai partir pra lá com a menina pra iniciar nova vida, ao lado de um marido desconhecido, numa terra estranha.
Ela desembarca, com a criança, suas bagagens e seu piano na deserta e insólita praia do novo território. Passa a noite esperando o marido e seus serviçais, que a ajudarão a carregar as bagagens para a nova casa.

No dia seguinte, o marido, Stewart (Sam Neill), chega com seu fiel servo, o índio Baines (Harvey Keitel), e dá ordens aos empregados, índios Maoris, para carregarem as malas. Ada tem dois choques: o de encontrar pela primeira vez seu novo marido, e de encontrar os indígenas, povo que lhe parece completamente estranho e incomum. Sua maior preocupação é com o piano; o marido, porém, lhe diz que é impossível levá-lo agora, pois a bagagem é muita e há prioridades que devem ser levadas em conta, em detrimento de uma carga tão pesada. É a partir daí que Ada aborrece o marido; como deixar um piano na beira da praia, sujeito à chuva e à maresia? Ele é seu canal de comunicação com o mundo exterior, e ela precisa muito dele.

Revoltada por ter que deixar o piano, Ada se junta à filha e as duas seguem Stewart, Baines e a comitiva de nativos. Já no alto da montanha, ela pára pra observar o instrumento, abandonado na areia. O caminho até sua nova casa é horrível; só há lama e umidade. Na chegada, ela ainda tem que vestir um traje de noiva improvisado só para uma fotografia, a foto que marca o casamento, ao lado do marido, debaixo de chuva torrencial. Ada não se preocupa com outra coisa além de seu piano.

Na primeira noite na nova casa, Ada refugia-se com sua filha, a única por lá que é capaz de entender sua linguagem de sinais, em seu quarto. O marido quer abraçá-la, mas ela se recusa a dar qualquer demonstração de afeto.

No dia seguinte, Stewart parte pra resolver negócios de terras em uma tribo Maori e Ada vai à casa de Baines, que mora próximo. Ela vai lhe pedir pra levá-la, com a menina, à beira-mar. Ela quer rever seu piano. Entrega um bilhete a Baines, que devolve, dizendo que não sabe ler. Ada pede à menina que fale por ela, mas Baines se recusa a ir, dizendo que não tem tempo. Porém Ada não desiste, e monta acampamento na porta de Baines até que ele resolva levá-la ao seu piano.

O momento de mais felicidade da personagem em quase todo o filme é quando ela revê seu piano. Ela se senta e fica tocando o instrumento até anoitecer. O índio Baines fica ao redor, de pé, acompanhando as lindas melodias que Ada arranca do teclado, enquanto a menina dança ao som
da música.
Alguns dias depois, Baines faz uma proposta curiosa a Stewart. Trocar 38 hectares de terras de sua propriedade pelo piano de Ada. Stewart, bastente animado com a possibilidade de trocar o insignificante e incômodo piano por terras, aceita. Baines diz que gosta da música e quer ter lições de piano com Ada. Stewart aceita o trato e fecha o acordo. Baines, então, envia seus companheiros de tribo a buscar o instrumento na beira-mar.

Quando fica sabendo do acordo que o marido fez com Baines, Ada fica revoltada. Ela diz que o piano é seu, e jamais vai concordar em entregá-lo nas mãos de um analfabeto, bruto, incapaz de tocá-lo. O marido fica enraivecido, e diz que numa família todos devem aprendem a se sacrificar um pouco. Ele, então, lhe fala que ela poderá ficar vendo o piano, se for dar lições a Baines. Mas nenhum argumento convence a mulher.

Baines manda buscar um afinador pra deixar o piano no ponto. Ada vai pra dar sua primeira lição, e diz a Baines que não poderá ensinar em um piano desafinado. Perplexa, ao experimentar o piano, vê que está afinado. Ela, então, pede a Baines que lhe mostre o que ele sabe tocar. Ele lhe diz que não sabe tocar nada, nem quer aprender. Ele quer apenas escutá-la.

Ada volta regularmente à casa de Baines, só pra tocar seu amado piano. Mas um dia, enquanto toca, Baines se aproxima e beija sua nuca. Assustada, Ada pega suas coisas e faz movimento de sair, quando Baines lhe propoe um negócio. Trocar o piano, pedaço a pedaço, por carícias. A partir daí, quanto mais íntimo vai ficando o contato entre eles, mais teclas do piano Ada recebe.

Um dia, ao chegar para as “lições” habituais, Ada se depara com um grupo de índios que retira o piano da casa de Baines. Ela entra e, com a filha, pergunta para onde o piano está sendo levado. Baines diz que está lhe devolvendo o piano, e, reservadamente, lhe confessa que não pode continuar a fazer o que faz, pois seu ato o torna miserável e faz de Ada uma prostituta. É a partir daí que começamos a presenciar o conflito interior que Ada está sofrendo, pois as lições passaram a ter outro significado pra ela, muito além de um sacrifício ou uma obrigação.

“O piano” foi o filme que projetou mundialmente a carreira da diretora neo-zelandesa Jane Campion. Deu a Holly Hunter o Oscar de melhor atriz e ganhou a Palma de Ouro em Cannes. E é um filme com roteiro original, escrito pela própria Campion! Genial.

Jane Campion entende o universo feminino como poucos. Talvez por também ser mulher, ela consiga exprimir sensorialmente, visualmente e por meio de palavras tantos sentimentos genuínos de nosso sexo. Posso dizer que ela consegue tocar o âmago, o profundo, a essência da alma feminina. Quem assistir a “O piano” e “Retratos de uma mulher” dificilmente vai discordar de mim.

Seus personagens são delicados, labirínticos, profundos, enigmáticos, misteriosos. Ada é a mulher muda que faz do piano sua voz. Baines é o homem solitário, que apaixonado pelo som do piano, apaixona-se por sua dona, e procura realizar nela fantasias inconfessáveis e inatingíveis senão à uso de alguma força. Stewart é o marido aparentemente quieto, pacífico, que quer tocar e sentir o amor de sua mulher, mas jamais obtém êxito. Os conflitos que cada um vive são dignos de ser analisados. Cada personagem vive suas batalhas internas e externas, e tentam encontrar o que consideram que seja a felicidade apesar dos obstáculos que os tentam impedir.

Já houve quem dissesse que “O piano” fala essencialmente de desejo. Eu até acho válido, contanto que nao tomem a palavra “desejo” somente num contexto sexualizado, de conjunção carnal. A ligação entre Ada e Baines não é só o toque, a intimidade física, mas muito mais que isso. É uma fusão de almas, apesar das diferenças que poderiam impor um abismo entre eles – Ada com sua mudez e aparente incomunicabilidade, Baines com seu jeito bruto, com seu analfabetismo e iletrismo,que à primeira vista o deixariam indiferente ao universo predominantemente sensorial de Ada.

“O piano” é um filme extremamente sensível, poético e belo. Há cenas lindíssimas, filmadas em cenários desérticos, exóticos, pulsantes. A fotografia é maravilhosa, e passa toda a frieza da luz do ambiente. Aprecie cada imagem, e cada música. Vale ressaltar que, nesse filme, a música é um universo independente e ao mesmo tempo em total ligação a tudo! As composições de Michael Nyman são deliciosas, leves, sutis. Vide "The Heart Asks For Pleasure First", a música-tema do filme.

Michael Nyman é um compositor britânico que fez muitas trilhas sonoras pra Cinema. Poucas vezes pra filmes hollywoodianos. É ele o autor das trilhas de “Fim de caso” (1992) e vários filmes de Peter Greenaway, como “O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante” (1989) e “O Bebê santo de Macon” (1993). Sem dúvidas, seu trabalho para “O piano” foi um dos melhores de sua carreira até agora. Não há uma música que possa ser classificada como razoável. Todas são brilhantes. E por falar na música, vale citar que foi a própria Holly Hunter quem tocou piano em todas as cenas.

A atuação de Holly Hunter é fantástica. Sem abrir a boca pra dizer uma palavra ela nos fala tudo o tempo todo, e se revela completamente. O olhar, os movimentos gestuais e o silêncio são suas poderosas armas de comunicação. Ela está numa das interpretações femininas mais extraordinárias que eu vi, até hoje. Perfeição chega a ser palavra insuficiente pra classificar a performance de Hunter nesse filme. Merecidamente, por esse trabalho, ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz, o Globo de Ouro de Melhor Atriz - Drama, o BAFTA de Melhor Atriz e o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes.



Harvey Keitel é um capítulo à parte. Quem conhece já está acostumado a vê-lo em filmes de gêneros completamente diferentes de “O Piano”.
“Taxi driver”, “Cães de aluguel” são alguns exemplos de trabalhos que ele já fez. No primeiro, pra quem não lembra, ele interpreta Sport, o cafetão que explorava os “serviços” de Iris , interpretada por Jodie Foster. No segundo, estréia de Quentin Tarantino como diretor, ele faz Mr. White, um dos seis bandidos reunidos pelo personagem de Lawrence Tierney para um grande roubo de diamantes. Freqüentemente ele interpretava o bandido, ou o durão, ou o mau ou o impiedoso. Mas isso não quer dizer que Keitel é ator de mesmice. É justamente o contrário. Ele é incrivelmente versátil. Escolhe produções versáteis, de diretores versáteis, em países versáteis. Eu amo atores que fazem isso; saem do circulozinho de “Hollywood” e buscam mais. Esse tipo de ator é pleno, completo!
Mas, sem dúvidas, ver um Keitel mais “romantizado” deve ter chocado um pouco alguns espectadores que já o tinham visto em seus personagens fechadões. Baines ainda é um personagem recluso, mas é romântico, essencialmente. E o melhor de tudo foi essa fusão entre o personagem apaixonado e o ator que faz tão bem tipos tão sérios! O personagem ficou tão equilibrado, tão equilibrado, que atingiu a plenitude. Romântico sem ser piegas. Sublime.

Na cena em que Baines se declara a Ada, pode-se visualizar perfeitamente o que eu estou dizendo aqui. Ele está apaixonado, mas apesar do desejo, não perde o controle. Ele fala tudo de forma tão natural, tão simples, que foi capaz de deixar o diálogo limpo e cravejado de sentimentos, ao mesmo tempo. O equilíbrio de expressão é demais, e faz o espectador descobrir e redescobrir Harvey Keitel, só se rendendo ainda mais ao seu talento e è sua capacidade artística inquestionáveis.

Sam Neill faz um tipo de papel que sempre lhe cai bem. O homem aparentemente equilibrado, que perde e reconquista o controle de si mesmo em um piscar de olhos. Ao meu ver, ele é o personagem mais difícil do filme, o mais fechado em copas. Ele se mostra um marido atencioso, que busca compreender a esposa, apesar da falta de palavras. Mas na realidade, ele a trata como um ser diferente, à parte, e talvez esse seja um dos pontos que o faz mais desagradável às vistas da mulher. Ele segue equilibrado até certa altura da narrativa. No momento em que ele é que se sente incompreendido, revela uma outra face sua, incapaz de medir conseqüências. Interpretação excelente.

Anna Paquin é outro capítulo à parte. Por sua atuação nesse filme ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante. Sua personagem é afetuosa, inteligente e geniosíssima. A menina é a porta-voz da mãe diante de um mundo que não a compreeende, e talvez por isso sinta que a mãe precisa lhe comunicar e justificar tudo o que faça. Mas, acima de tudo, ela é uma criança, e faz muitas coisas por inocência, sem senso de maldade. Alguns de seus atos vão gerar conseqüências irreversíveis. E sua íntima ligação com a mãe fará com que sinta muito alguns danos.


PREMIAÇOES:

- Ganhou 3 Oscars, nas seguintes categorias: Melhor Atriz (Holly Hunter), Melhor Atriz Coadjuvante (Anna Paquin) e Melhor Roteiro Original. Foi ainda indicado em outras 5 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Figurino e Melhor Edição.

- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz - Drama (Holly Hunter), além de ser indicado em outras 5 categorias: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Anna Paquin), Melhor Roteiro e Melhor Trilha Sonora.

- Ganhou 3 prêmios no BAFTA, nas seguintes categorias: Melhor Atriz (Holly Hunter), Melhor Figurino e Melhor Desenho de Produção. Recebeu ainda outras 7 indicações, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora e Melhor Som.

- Ganhou o Cesar de Melhor Filme Estrangeiro.

- Ganhou a Palma de Ouro e o prêmio de Melhor Atriz (Holly Hunter), no Festival de Cannes.

- Ganhou o Independent Spirit Awards de Melhor Filme Estrangeiro.

- Ganhou o Prêmio Bodil de Melhor Filme Não-Americano.


CURIOSIDADES:

- Por causa da censura recebida, a atriz Anna Paquin não pôde assistir ao filme nos cinemas, já que na época de seu lançamento tinha apenas 11 anos.

- Após “O Piano” o ator Harvey Keitel ainda trabalhou em outro filme dirigido por Jane Campion, "Fogo sagrado” (1999).

- O orçamento de “O Piano” foi de US$ 7 milhões.

(Fonte: AdoroCinema.com.br)

- Para efeito de realismo, as tatuagens que o personagem de Harvey Keitel usa no filme foram feitas por um verdadeiro tatuador Maori.

- Apresentado na seleção oficial do Festival de Cannes em 1993, o filme de Jane Campion impressionou o júri, presidido por Louis Malle e composto, entre outros, por profissionais como Gary Oldman, Abbas Kiarostami e Claudia Cardinale. Holly Hunter recebeu o prêmio de melhor interpretação feminina, e o filme recebeu a prestigiada Palma de Ouro, recompensa partilhada com o filme “Adeus minha concubina” de Chen Kaige. Jane Campion foi a primeira mulher na história do Festival de Cannes a receber a Palma de Ouro pela direção de um filme.

(Fonte: Allocine.fr. Tradução livre.)


QUER SABER MAIS?

- Sobre Jane Campion: http://www.fys.uio.no/~magnushj/Piano/campion.html (em inglês)
- Sobre Holly Hunter: http://www.hollyhunter.com/ (em inglês)
- Sobre a carreira de Harvey Keitel: http://www.adorocinema.com/colunas/renato-martins/harvey-keitel.asp
- Sobre Sam Neill: http://www.ibiblio.org/samneill/ (em alemão, espanhol, francês e russo)
- Sobre Michael Nyman: http://www.michaelnyman.com/ (site oficial – em inglês)



FICHA TÉCNICA:

Título Original: "The Piano"
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 121 minutos
Ano de Lançamento (Nova Zelândia): 1993
Estúdio: Australian Film Commission / CiBy 2000 / New South Wales Film & Television OfficeDistribuição: Miramax Films
Direção: Jane Campion
Roteiro: Jane Campion
Produção: Jan Chapman
Música: Michael Nyman
Fotografia: Stuart Dryburgh
Desenho de Produção: Andrew McAlpine
Figurino: Janet Patterson
Edição: Veronika Jenet

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Abraços!
Elis :-)